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Vídeo Índio


Começará neste sábado a exposição "Vídeo Índio".
Muito interessante a programação!!
Fica a dica!
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I Fórum Internacional da Temática Indígena

Promoção: Programa de Pós-graduação em História
Local: Centro Cultural CEE Erico Veríssimo – Auditório Barbosa Lessa
Avenida das Andradas, 1223 – 4 andar/ Bairro Centro - Porto Alegre
Carga Horária: 40 horas aula.
Valores: 30 reais, com isenção de taxas para indígenas. O pagamento será efetuado no local, entre às 16:00-18:00 horas.

A Programação conta com a participação de grandes nomes da área, como:
* Dr. Sergio Baptista da Silva (Antropólogo)
* Dra. Maria Aparecida Bergamaschi (Historiadora)
* Dra. Circe Bitencourt
* Vherá Poty
* Dorvalino Cardoso
* Zaqueu Key Claudino
Além de outros profissionais de outros países.
Impredível!!
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A FARSA DA REVISTA VEJA:



Carta original do antropólogo Eduardo Viveiros de Castro à revista Veja:
Ao Editores da revista Veja:

Na matéria “A farra da antropologia oportunista” (Veja ano 43 nº 18, de 05/05/2010), seus autores colocam em minha boca a seguinte afirmação: “Não basta dizer que é índio para se transformar em um deles. Só é índio quem nasce, cresce e vive num ambiente cultural original” . Gostaria de saber quando e a quem eu disse isso, uma vez que (1) nunca tive qualquer espécie de contato com os responsáveis pela matéria; (2) não pronunciei em qualquer ocasião, ou publiquei em qualquer veículo, reflexão tão grotesca, no conteúdo como na forma. Na verdade, a frase a mim mentirosamente atribuída contradiz o espírito de todas declarações que já tive ocasião de fazer sobre o tema. Assim sendo, cabe perguntar o que mais existiria de “montado” ou de simplesmente inventado na matéria. A qual, se me permitem a opinião, achei repugnante. Grato pela atenção,
Eduardo Viveiros de Castro

Resposta da revista Veja
“No Brasil, todo mundo é índio, exceto quem não é”
3 de maio de 2010
O antropólogo Eduardo Viveiros de Castro enviou a VEJA uma carta – divulgada amplamente na internet – sobre a reportagem “A farra antropológica oportunista”, publicada nesta edição da revista. Na carta, Viveiros de Castro diz: “(1) nunca tive qualquer espécie de contato com os responsáveis pela matéria; (2) não pronunciei em qualquer ocasião, ou publiquei em qualquer veículo, reflexão tão grotesca, no conteúdo como na forma”.
Sua primeira afirmação não condiz com a verdade. No início de março, VEJA fez contato com Viveiros de Castro por intermédio da assessoria de imprensa do Museu Nacional do Rio de Janeiro, onde ele trabalha. Por meio da assessoria, Viveiros de Castro recomendou a leitura de um artigo seu intitulado “No Brasil todo mundo é índio, exceto quem não é”, que expressaria sua opinião de forma sistematizada e autorizou VEJA a usar o texto na reportagem de uma maneira sintética.
Também não condiz com a verdade a afirmação feita por Viveiros de Castro no item (2) de sua carta. A frase publicada por VEJA espelha opinião escrita mais de uma vez em seu texto (“Não é qualquer um; e não basta achar ou dizer; só é índio, como eu disse, quem se garante” e “pode-se dizer que ser índio é como aquilo que Lacan dizia sobre ser louco: não o é quem quer. Nem quem simplesmente o diz. Pois só é índio quem se garante”).
O antropólogo Viveiros de Castro pode não corroborar integralmente o conteúdo da reportagem, mas concorda, sim, como está demonstrada em sua produção intelectual, que a autodeclaração não é critério suficiente para que uma pessoa seja considerada indígena. Abaixo, a íntegra do texto que ele autorizou que VEJA usasse da forma que bem entendesse.


Tréplica do antropólogo Eduardo Viveiros de Castro
Aos Editores da revista Veja:
Em resposta à mensagem que enviei à revista Veja no dia 01/05, denunciando a imputação fraudulenta de declarações que me é feita na matéria “A farra da antropologia oportunista”, o site Veja.com traz ontem uma resposta com o título “No Brasil, todo mundo é índio, exceto quem não é”. Ali, os responsáveis pela revista, ou pela resposta, ou, pelo jeito, por coisa nenhuma, reincidem na manipulação e na mentira; pior, confessam cinicamente que fabricaram a declaração a mim atribuída.
Em minha carta de protesto inicial, sublinhei dois pontos: “(1) que nunca tive qualquer espécie de contato com os responsáveis pela matéria; (2) que não pronunciei em qualquer ocasião, ou publiquei em qualquer veículo, reflexão tão grotesca, no conteúdo como na forma”.
Veja contesta estes pontos com os seguintes argumentos:

(1) “Sua primeira afirmação não condiz com a verdade. No início de março, VEJA fez contato com Viveiros de Castro por intermédio da assessoria de imprensa do Museu Nacional do Rio de Janeiro, onde ele trabalha. Por meio da assessoria, Viveiros de Castro recomendou a leitura de um artigo seu intitulado “No Brasil todo mundo é índio, exceto quem não é”, que expressaria sua opinião de forma sistematizada e autorizou VEJA a usar o texto na reportagem de uma maneira sintética.”

Respondo: é falso. A Assessoria de Imprensa do Museu Nacional telefonou-me, talvez no início de março (não acredito mais em nada do que a Veja afirma), perguntando se receberia repórteres da mal-conceituada revista, a propósito de uma matéria que estariam preparando sobre a situação dos índios no Brasil. Respondi que não pretendia sofrer qualquer espécie de contato com esses profissionais, visto que tenho a revista em baixíssima estima e péssima consideração. Esclareci à Assessoria do Museu que eu tinha diversos textos publicados sobre o assunto, cuja consulta e citação é, portanto, livre, e que assim os repórteres, com o perdão da expressão, que se virassem.

Não “recomendei a leitura” de nada em particular; e mesmo que o tivesse feito, não poderia ter “autorizado Veja” a usar o texto, simplesmente porque um autor não tem tal poder sobre trabalhos seus já publicados. Quanto à curiosa noção de que eu autorizei a revista, em particular, a “usar de maneira sintética” esse texto, observo que, além de isso “não condizer com a verdade”, certamente não é o caso que esse poder de síntese de que a Veja se acha imbuída inclua a atribuição de sentenças que não só não se encontram no texto em questão, como são, ao contrário e justamente, contraditas cabalmente por ele. A matéria de Veja cita, entre aspas, duas frases que formam um argumento único, o qual jamais foi enunciado por mim. Cito, para memória, a atribuição imaginária: “Não basta dizer que é índio para se transformar em um deles. Só é índio quem nasce, cresce e vive num ambiente cultural original” . Com isso, a revista induz maliciosamente o leitor a pensar que (1) a declaração foi dada de viva voz aos repórteres; (2) ela reproduz literalmente algo que disse. Duas grosseiras inverdades.

Veja contesta o segundo ponto com o argumento:

(2) “Também não condiz com a verdade a afirmação feita por Viveiros de Castro no item (2) de sua carta. A frase publicada por VEJA espelha opinião escrita mais de uma vez em seu texto (“Não é qualquer um; e não basta achar ou dizer; só é índio, como eu disse, quem se garante” e “pode-se dizer que ser índio é como aquilo que Lacan dizia sobre ser louco: não o é quem quer. Nem quem simplesmente o diz. Pois só é índio quem se garante”).” Ato contínuo, a revista dá o texto na íntegra, repetindo que eu a autorizei a usar o texto “da forma que bem entendesse”.

Pela ordem. Em primeiro lugar, essa resposta da revista fez desaparecer, como num passe de mágica, a frase propriamente afirmativa de minha suposta declaração, a saber, a segunda (Só é índio quem nasce, cresce e vive em um ambiente cultural original”), visto que a primeira (Não basta dizer que é índio etc.) permanece uma mera obviedade, se não for completada por um raciocínio substantivo. Ora, o raciocínio substantivo exposto em meu texto está nas antípodas daquele que Veja falsamente me atribui. A afirmação de Veja de que eu a autorizara a “usar” o texto da forma que ela “bem entendesse” parece assim significar, para os responsáveis (ou não) pela revista, que ela poderia fabricar declarações absurdas e depois dizer que “sintetizavam” o texto. Esse arrogante “da forma que bem entendesse” não pode incluir um fazer-se de desentendido da parte da Veja.

Reitero que a revista fabricou descaradamente a declaração “Só é indio quem nasce, cresce e vive em um ambiente cultural original”. Se o leitor tiver o trabalho de ler na íntegra a entrevista reproduzida em Veja.com, verá que eu digo exatamente o contrário, a saber, que é impossível de um ponto de vista antropológico (ou qualquer outro) determinar condições necessárias para alguém (uma pessoa ou uma coletividade) “ser índio”. A frase falsa de Veja põe em minha boca precisamente uma condição necessária, e, ademais, absurda. Em meu texto sustento, ao contrário e positivamente, que é perfeitamente possível especificar diversas condições suficientes para se assumir uma identidade indígena. Talvez os responsáveis pela matéria não conheçam a diferença entre condições necessárias e condições suficientes. Que voltem aos bancos da escola.

A afirmação “só é índio quem nasce, cresce e vive em um ambiente cultural original” é, repito, grotesca. Nenhum antropólogo que se respeite a pronunciaria. Primeiro, porque ela enuncia uma condição impossível (o contrário de uma condição necessária, portanto!) no mundo humano atual; impossível, na verdade, desde que o mundo é mundo. Não existem “ambientes culturais originais”; as culturas estão constantemente em transformação interna e em comunicação externa, e os dois processos são, via de regra, intimamente correlacionados. Não existe instrumento científico capaz de detectar quando uma cultura deixa de ser “original”, nem quando um povo deixa de ser indígena. (E quando será que uma cultura começa a ser original? E quando é que um povo começa a ser indígena?). Ninguém vive no ambiente cultural onde nasceu. Em segundo lugar, o “ambiente cultural original” dos índios, admitindo-se que tal entidade exista, foi destruido meticulosamente durante cinco séculos, por epidemias, massacres, escravização, catequese e destruição ambiental.
A seguirmos essa linha de raciocínio, não haveria mais índios no Brasil. Talvez seja isso que Veja queria dizer. Em terceiro lugar, a revista parte do pressuposto inteiramente injustificado de que “ser índio” é algo que remete ao passado; algo que só se pode ou continuar (a duras penas) a ser, ou deixar de ser. A idéia de que uma coletividade possa voltar a ser índia é propriamente impensável pelos autores da matéria e seus mentores intelectuais. Mas como eu lembro em minha entrevista original deturpada por Veja, os bárbaros europeus da Idade Média voltaram a ser romanos e gregos ali pelo século XIV — só que isso se chamou “Renascimento” e não “farra de antropólogos oportunistas”. Como diz Marshall Sahlins, o antropólogo de onde tirei a analogia, alguns povos têm toda a sorte do mundo.
E o Brasil, será que temos toda a sorte do mundo? Será que o Brasil algum dia vai se tornar mesmo um grande Estados Unidos, como quer a Veja ? Será que teremos de viver em um ambiente cultural que não é aquele onde nascemos e crescemos? (Eu cresci durante a ditadura; Deus me livre desse ambiente cultural). Será que vamos deixar de ser brasileiros? Aliás, qual era mesmo nosso ambiente cultural original?
Grato mais uma vez pela atenção
Eduardo Viveiros de Castro
antropólogo – UFRJ

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Sugestão de leitura


Para pesquisas relacionadas à temática indígena, sugiro a revista online Espaço ameríndio.
Ela é um espaço atualizado semestralmente, onde autores tratam especificamente dos povos indígenas.
Lá há artigos, trabalhos de conclusão de curso, resumos de dissertações e teses.
É um espaço interessante para quem pesquisa a área.

Espaço Ameríndio

Boa Leitura!!
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Índios estão cada vez mais longe das aldeias


O Censo Demográfico do IBGE, que será realizado neste ano, deve confirmar um fenômeno que se acentuou nos últimos anos: a presença cada vez maior de índios nos centros urbanos. O Conselho Estadual dos Povos Indígenas estima que existam 23 mil índios nas cidades e no meio rural gaúcho. Esse número tem crescido 10% ao ano. O coordenador da Funai em Porto Alegre, João Maurício Farias, salienta que o índio tem conseguido se integrar à área urbana. Comenta que o preconceito impedia que buscassem seus direitos.

A população pode verificar a situação simplesmente ao caminhar pelas ruas de Porto Alegre. Quem anda nos arredores da Praça da Alfândega, por exemplo, quase que todos os dias confere índios adultos e crianças vendendo produtos artesanais ou entoando cantos e músicas com uso de instrumentos confeccionados pelas próprias tribos. No Brique da Redenção, também estão presentes na comercialização do artesanato feito nas comunidades.

O cacique da tribo caingangue, situada no bairro Lomba do Pinheiro, Ari Ribeiro, ressalta que os índios estão mais confiantes e saem em busca de oportunidades. Segundo ele, a população estavam mais afastada dos grandes centros. "Atualmente, a situação é outra", diz o cacique Ari Ribeiro.

Especialistas apontam outros motivos para justificar a migração. Segundo uma das coordenadoras do Conselho Estadual dos Povos Indígenas Sônia Lopes dos Santos, parte do que é apontado como crescimento está na autodenominação. Os levantamentos geralmente não contam com especialistas que possam determinar se um indivíduo é mesmo pertencente à comunidade indígena. "Isso faz com que os dados não sejam inteiramente confiáveis", alerta. Para ela, seria necessária uma pesquisa especializada, paralela ao Censo do IBGE, para que informações mais concretas fossem registradas. Sobre a migração para os centros urbanos, Sônia identifica poucas políticas públicas no Interior. Frisa que a falta de perspectivas atrai o índio para os centros urbanos, onde ele vê mais chances de sustentabilidade.

O coordenador do Núcleo de Políticas Públicas aos Povos Indígenas de Porto Alegre, Luiz Fernando Caldas Fagundes, aponta que não há novidade no aumento dessa população. "As cidades crescem e os índios ganham mais espaço. Eles viviam em uma situação de invisibilidade. A expansão urbana fez com que fossem vistos", explica.

O Censo de 1991 apontou que 294 mil indígenas viviam no Brasil, o que correspondia a 0,2% da população nacional. Em 2000, o número aumentou para 734 mil: 383 mil nas cidades e 351 mil no meio rural. Conforme Fagundes, a estimativa é de que hoje apenas 320 mil estejam em aldeias. Pesquisa de 2008, em convênio entre a prefeitura e a Ufrgs, registrou que, dos índios residentes em Porto Alegre, 50,3% eram Kaingang; 45,9%, Guarani; e 3,8%, Charrua.

Fonte: Correio do Povo
Autor: RONAN DANNENBERG (rmartins@correiodopovo.com.br)
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Por que vemos os indígenas assim?


Utilizo as palavras de Bergamaschi para explicar:

"[...] Segundo dicionários da língua portuguesa, a palavra índio significa nativo, natural de um lugar. No entanto sabemos que essa designação advém de um erro náutico, quando em 1492, na viagem que Colombo empreendeu para as Índias e aportou na América, atribuiu aos habitantes dessa terra a denominação genérica de índios, conservada até o presente. Porém, cada índio pertence a um povo, identificado por uma denominação própria, como Guarani, Charrua e Kaingang, etnias indígenas que vivem no Rio Grande do Sul. Cada um dos mais de 230 povos brasileiro gosta de ser reconhecido pelo seu nome próprio, entretanto todos reconhecem a impotância de uma denominação que os identifique e os una nas lutas comuns como povos originários do Brasil e da América.
Para muitas pessoas não-indígenas, a denominação índio tem um sentido pejorativo, expresso historicamente por preconceitos e discriminações. Na escola, principalmente, predominam visões estereotipadasdos povos indigenas, oscilando entre a concepção romântica de um indígena puro, inserido na natureza, ingênuo e vítima, e um índio bárbaro, selvagem e preguiçoso, empecilho para o progresso. Contudo, como resultado das lutas empreendidas pelos povos indígenas, evidencia-se na atualidade uma concepção mais condizente com a vontade dos povos originários do nosso país: do indígena sujeito da história, como um sujeito que continua sendo indígena e compartilha com os demais brasileiros o direito de estar em sua terra brasilis." (p. 8 e 9).

Fica a reflexão sobre como vemos e transmitimos a imagem dos indígenas, muitas vezes estereotipada (utilizando cocar, arco e flecha, andando nu), genérica (no sentido de que todos os povos seriam iguais) e focando na Europa como o centro da História Brasileira, que só inicia com a chegada dos Portugueses e não dos povos indígenas que aqui estiveram 9.500 anos antes.

Bibliografia utilizada:
BERGAMASCHI, Maria Aparecida. Povos Indígenas & Educação. Porto Alegre: Mediação, 2008.
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19 de abril está chegando!!



Por que 19 de abril? Nessa data, no ano de 1940, foi realizado o I Congresso Indigenista da América Latina, no México, com objetivo de divulgar a cultura indígena em toda a América e também para que os governos criassem normas em relação à qualidade de vida dos povos indígenas, que ainda sofrem com a discriminação do não-indígena.

É interessante falar das etnias presentes na tua região ou em regiões próximas. No caso do Rio Grande do Sul, existem três etnias: Guarani. Kaingang e Charrua. Cada uma fala uma língua e tem suas especificidades.

Guarani: povo religioso. Se subdividem em três grupos: Kaiowá, Nhandewá e Mbyá, cada um com subdivisões linguisticas. Sua língua é derivada do tronco línguístico tupi-guarani. O povo Guarani encontra na terra seu sustento: frutas, caça, pesca, material para fazer artesanato e plantas medicinais. A caça e a pesca estão cada vez mais difíceis, pois muitas aldeias não possuem rios próximos e tem pouca mata. Os Guarani se sustentam através dos grupos de dança e do artesanato. Os homens costumam confeccionar bichinhos de madeira, colares, brincos, chocalhos, enquanto as mulheres fazem balaios. É através do dinheiro que ganham com a venda desses objetos que os Guarani que vivem na cidade conseguem se manter. O canto e a dança são uma forma dos Guarani se comunicarem com seu Deus maior, o Nhãnderú. Segundo eles, o canto tem poder de curar as pessoas e fortalecer a vida na aldeia. As cerimônias são realizadas na Opý.

Kaingang: O povo Kaingang se divide em duas metades: Kamé e Kainru-kré. Não se pode casar com alguém da mesma metade, somente com alguém da metade oposta. Os filhos pertencem a mesma metade do pai. Se o pai for Kamé, as crianças também serão. Eles vivem em ymã, que são espaços onde constroem suas residências. Cada ymã reúne um grupo local composto por famílias que tem algum parentesco. Dentro de cada aldeia há o cacique (quem comanda a aldeia) e o kuiã (líder espiritual) que é responsável pelos ensinamentos da cultura aos mais jovens, pela realização de rituais religiosos de cura e de proteção, além de dar conselhos a quem necessita. Assim como os Guarani, seu sustento vem do artesanato que é feito com elementos retirados da natureza como: cipó, taquara, sementes e argila. Sua língua deriva do tronco linguístico Macro-Jê.

Charrua: Era um povo considerado desaparecido, nunca foram catequizado. A etnia misturou-se às demais da região. Considerada extinta pela Fundação Nacional do Índio (Funai), a etnia Charrua voltou a ser reconhecida em ato oficial da fundação em setembro de 2007. Existem, hoje, cerca de seis mil Charrua nos países que compõem a América Latina. Só no Rio Grande do Sul, são mais de 400 índios presentes nas localidades de Santo Ângelo, São Miguel das Missões e Porto Alegre. Ainda há poucas informações a respeito desse povo. Os Charrua que sobreviveram se esconderam ou se misturaram com os não-índios. Como mulheres sobreviveram mais que homens, e elas se misturaram aos europeus formando o povo gaúcho, existem descendências espalhadas pelos nossos países. É considerado o povo com maior habilidade para domar cavalos. Os Charrua não utilizavam nenhum instrumento para isso. Uma tradição que os gaúchos herdaram deste povo é o uso de Cupiá (boleadeiras) para caçar.


Sugestões de trabalho:
Recreio online - tem reportagens ótimas!! O site está sempre atualizado e utiliza uma linguagem acessível às crianças, além de não trabalhar o índio de forma genérica.
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Conhecendo mais sobre os Povos Indígenas


Para quem está interessado em conhecer mais sobre os povos indígenas, seguem links de livros indicados pelo site Trilhas de Conhecimentos:

O Ìndio Brasileiro: O que você precisa saber sobre os povos indígenas no Brasil de hoje

A Presença Indígena na Formação do Brasil

Povos Indígenas e as Leis do "Brancos": o direito à diferença    


É importante buscarmos fontes atualizadas e que nos forneçam subsídios para que façamos um bom planejamento de aula.
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Sugestão Literária

MUNDURUKU, Daniel. Kabá Darebu. São Paulo: Brinque-Book, 2007.

Indicado para crianças de 2º e 3º anos.

O livro descreve o cotidiano em uma aldeia Munduruku: disposição das casas, função dos homens e das mulheres na aldeia, rituais, entre outros.

"Nossos pais nos ensinam a fazer silêncio para ouvir os sons da natureza; nos ensinam a olhar, conversar e ouvir o que o rio tem para nos contar; nos ensinam a olhar os voos dos pássaros para ouvir notícias do céu; nos ensinam a contemplar a noite, a lua, as estrelas..."

Sugestão de trabalho:
*Comparar o modo de vida não-indígena com o modo de vida Munduruku, ver as semelhanças e diferenças entre uma e outra.
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Dica cultural em POA - Mbyá-guarani em fotos


Para conhecer um pouco da população autóctone do Rio Grande do Sul, a exposição "Um Olhar sobre o Cotidiano dos Mbyá-Guarani", em cartaz, até dia 24 de abril, na Sala Arquipélago do Centro Cultural CEEE (Andradas, 1223), é uma boa opção. Antônio Carlos Cardoso apresenta sua série de fotos em preto e branco feitas de aldeias e acampamentos aborígenes de Porto Alegre e das Missões de São Miguel, as quais enfatizam o cotidiano dos Mbyá-guarani. O trabalho foi realizado por Cardoso entre outubro de 2007 e janeiro deste ano.

Cardoso tem vivência em variadas manifestações artísticas. Formado em coreografia e ex-diretor dos balés da cidade de São Paulo e do Teatro Castro Alves, iniciou seus estudos em 1998, na Casa da Photografia de Salvador. Apresentou seus trabalhos em várias exposições coletiva e individuais e suas fotos já foram publicadas em revistas, jornais, catálogos, livros e outras mídias, tanto no Brasil como no exterior. Recentemente exibiu "LA. Dança na Sala Paissandu", Galeria Olido, em São Paulo.

Os Mbyá-Guarani têm uma história milenar que surgiu com o início da Terra. Suas aldeias se caracterizam por uma população pequena e a organização social gira em torno de uma família extensa e de uma liderança. A divisão do trabalho tem relação com o dom, a missão e a aptidão. Eles cultivam profundo respeito ao meio ambiente. Visitação pode ser feita, de terças a sextas, das 10h às 19h, e sábados, das 11h às 18h.

Fonte:
 Correio do povo
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