19 de abril está chegando!!



Por que 19 de abril? Nessa data, no ano de 1940, foi realizado o I Congresso Indigenista da América Latina, no México, com objetivo de divulgar a cultura indígena em toda a América e também para que os governos criassem normas em relação à qualidade de vida dos povos indígenas, que ainda sofrem com a discriminação do não-indígena.

É interessante falar das etnias presentes na tua região ou em regiões próximas. No caso do Rio Grande do Sul, existem três etnias: Guarani. Kaingang e Charrua. Cada uma fala uma língua e tem suas especificidades.

Guarani: povo religioso. Se subdividem em três grupos: Kaiowá, Nhandewá e Mbyá, cada um com subdivisões linguisticas. Sua língua é derivada do tronco línguístico tupi-guarani. O povo Guarani encontra na terra seu sustento: frutas, caça, pesca, material para fazer artesanato e plantas medicinais. A caça e a pesca estão cada vez mais difíceis, pois muitas aldeias não possuem rios próximos e tem pouca mata. Os Guarani se sustentam através dos grupos de dança e do artesanato. Os homens costumam confeccionar bichinhos de madeira, colares, brincos, chocalhos, enquanto as mulheres fazem balaios. É através do dinheiro que ganham com a venda desses objetos que os Guarani que vivem na cidade conseguem se manter. O canto e a dança são uma forma dos Guarani se comunicarem com seu Deus maior, o Nhãnderú. Segundo eles, o canto tem poder de curar as pessoas e fortalecer a vida na aldeia. As cerimônias são realizadas na Opý.

Kaingang: O povo Kaingang se divide em duas metades: Kamé e Kainru-kré. Não se pode casar com alguém da mesma metade, somente com alguém da metade oposta. Os filhos pertencem a mesma metade do pai. Se o pai for Kamé, as crianças também serão. Eles vivem em ymã, que são espaços onde constroem suas residências. Cada ymã reúne um grupo local composto por famílias que tem algum parentesco. Dentro de cada aldeia há o cacique (quem comanda a aldeia) e o kuiã (líder espiritual) que é responsável pelos ensinamentos da cultura aos mais jovens, pela realização de rituais religiosos de cura e de proteção, além de dar conselhos a quem necessita. Assim como os Guarani, seu sustento vem do artesanato que é feito com elementos retirados da natureza como: cipó, taquara, sementes e argila. Sua língua deriva do tronco linguístico Macro-Jê.

Charrua: Era um povo considerado desaparecido, nunca foram catequizado. A etnia misturou-se às demais da região. Considerada extinta pela Fundação Nacional do Índio (Funai), a etnia Charrua voltou a ser reconhecida em ato oficial da fundação em setembro de 2007. Existem, hoje, cerca de seis mil Charrua nos países que compõem a América Latina. Só no Rio Grande do Sul, são mais de 400 índios presentes nas localidades de Santo Ângelo, São Miguel das Missões e Porto Alegre. Ainda há poucas informações a respeito desse povo. Os Charrua que sobreviveram se esconderam ou se misturaram com os não-índios. Como mulheres sobreviveram mais que homens, e elas se misturaram aos europeus formando o povo gaúcho, existem descendências espalhadas pelos nossos países. É considerado o povo com maior habilidade para domar cavalos. Os Charrua não utilizavam nenhum instrumento para isso. Uma tradição que os gaúchos herdaram deste povo é o uso de Cupiá (boleadeiras) para caçar.


Sugestões de trabalho:
Recreio online - tem reportagens ótimas!! O site está sempre atualizado e utiliza uma linguagem acessível às crianças, além de não trabalhar o índio de forma genérica.

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